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terça-feira, 23 de julho de 2013

Pensamentos de um pastor...

               


                Como pastor, vejo aqueles que nascem em Cristo, através de minhas mãos, coo meus filhos. Amo-os e cuido deles com dedicação e um preocupação. Algumas vezes vejo estes meus filhos abandonaram o redil em busca de outras pastagens e fico orando por eles, pois nem sempre estão prontos para partir. Outros partem nos deixando de braços vazios e coração angustiado, temendo uma decepção, um desagrado que os afaste vez da presença de Deus.
                Quem é pastor sabe que tem horas que nos sentimos determinados a cuidar destas ovelhas e suprir-lhes todas as necessidades, cuidar delas para que não se percam, senti-las próximas de nós. Muitas vezes, permito-lhes que saem por ai, obedecendo seus próprios desejos de grandezas simplesmente por não ter como segurar-lhes mais próximos de mim.
                Assim é vida de um pastor. Cuida, alimenta, mas vê suas ovelhinhas tomarem rumos diversos, sem saberem elas qual será o destino final, se voltarão felizes, realizadas ou feridas e magoadas. Nosso papel como pastor é orar e esperar. 
                Ao longo de meu ministério tenho visto muitas saírem e se multiplicarem, crescendo e transformando-se em conquistadores do Reino de Deus, mas em outras vezes,  vejo-as decepcionadas, perdidas mesmo em seus caminhos longos de volta. Muitas vezes temo este caminho, pois sei que os maiores espinhos que elas encontram trilhando-o são o arrependimento, a dúvida e as acusações do devorador que tentam afastá-las do Redil, que obscurecem o retorno aos pastos verdejantes.
                Oro por cada uma sim. Espero-as com amor, mesmo quando digo que já não tenho esperanças, mesmo quando todos acreditam que as esqueci, ainda espero, sentado a beira do caminho, como o Pai do pródigo, temendo que este filho querido demore mais e sofra sem necessidades.
                Não desanimo e aguardo... Dia após dia, noite após noite. Espero sonhando com seus passos trôpegos, pensando em seus modos confusos de filho que ainda não cresceu, mas que se julga pronto para viver sua própria vida longe da Casa do Pai, longe dos braços paternos que o Senhor Deus lhes deu aqui na Terra.
                Sou pastor, mas sou servo, servo do Altíssimo e, como tal, vejo-me como despenseiro de algo que não é meu, por isso minha responsabilidade é maior, pois um dia irei prestar contas deste Rebanho que não é meu, mas que amo e pelo qual dou minha vida e minhas energias, pois sei que são todos amados por Aquele que os chamou e me escolheu para cuidar com amor e dedicação.

                Hoje, peço ao senhor que me dê forças para continuar a espera daqueles que partiram mais voltarão e, ao mesmo tempo me orgulho dos que se foram e prosperaram em seus andares, prosperando em sua jornada.  E peço ainda ao Senhor Deus  que cuide das ovelhas que estão crescendo debaixo de meus cuidados e que jamais se afastam, mas que precisam ser lembradas que são também motivos de minhas preocupações, de meus cuidados. Peço ao Senhor que cuide delas e de mim também, que estou aqui de passagem, me preparando para com este Rebanho que   foi deixado aos meus cuidados, possa Naquele Dia estarmos juntos no Céu. Amém!

sábado, 6 de julho de 2013

Viver Feliz é possível!

Releituras...

             Muitas vezes estamos passando por situações difíceis que nos fazem ficar revoltados e, por mais humano que seja, nos sentimos pessoas ingratas pelo muito que recebemos na vida. Seja de Deus ou das pessoas que nos cercam e que nos apoiam em  todas as situações.
             Sofrer nossas próprias tristezas, embora seja algo natural à vida, nos põe para baixo, entristecendo nossa alma. O que fazer ou a quem recorrer quando as tristezas nos assolam? É uma pergunta frequente em momentos de dor, quando deixamos de perceber o tanto que nos cerca, mas não é tão ruim quanto parece, chorar nossas dores e sentirmos que o mundo está nos destruindo. Afinal é o que estamos sentindo.
             Muitas vezes, chorar nossas tristezas é extremamente saudável. Geralmente as pessoas criticam nossa postura frente a vida, quando deixamos nossa força de lado e começamos nos sentir tristes. Muitos começam dizer que estamos nos colocando como vítima frente à vida. Só que chorar nossas dores, nem sempre é sinal de fraqueza. É também uma forma de colocarmos para fora o que nos aflige e assim, podermos  encarar a vida com mais otimismo, depois que a dor passar. O salmista Davi  escreveu muitos louvores a Deus, exaltou a Natureza com toda a poesia que encontrou no fundo de sua alma, mas muito de seus salmos fala de suas tristezas. E falar de suas tristezas não tornou Davi um homem covarde, um rei deprimido ou um líder insuportável. Pelo contrário, tornou-o um homem cheio de ousadia para falar sobre si e suas dores, mas para louvar a Deus por suas vitórias e escrever sua alegria de viver.     Para alcançarmos um animo alegre, que nos faça olhar a vida com mais alegria, é necessário antes encararmos as nossas tristezas e varrermos elas para fora de nossas vidas. E só fazemos essa faxina, quando olhamos para dentro de nós e reconhecemos onde está enterrado o que nos oprime. Quando encontramos as sujeiras escondidas por baixo dos tapetes de nossa alma e jogamos fora, limpamos todos os espaços para que a alegria transborde e faça morada dentro de nós.
             Todos nós temos problemas, mas aceitar que eles nos corrompa é deixar que eles faça de nós pessoas amargas, sem esperança e sem expectativa de termos uma vida feliz.
            Viver plenamente significa abrir mão de tristezas passadas, é o que se diz, mas para abandoná-las antes precisamos encarar elas de frente e ter uma conversa com nós mesmos para sabermos se as dores antigas é que regerão nossa vida ou se as conquistas desejadas.
             Viver feliz é possível e Jesus nos ensinou o modo certo de alcançarmos a felicidade: Amar a Deus, Amar a si mesmo e Amar ao próximo.
             Vamos tentar?